Capitão Vincent (Longevidade e Virtude)

A longevidade atribuída ao Capitão Vincent, que morreu em 1780, com a idade aproximada de 120 anos, é um ponto de grande destaque nas fontes, sendo utilizado para sustentar a tese da igualdade e superioridade biológica da raça negra em certos aspetos.

A figura do Capitão Vincent (Vincent Ollivier) é apresentada como um exemplo notável de longevidade e virtude no contexto da raça negra:

Longevidade (Morreu com 120 anos)

O facto de Capitão Vincent ter vivido cerca de 120 anos enquadra-se numa discussão mais ampla sobre a longevidade na raça negra. O autor observa que, dados os dados recolhidos por Prichard (que incluem 10 a 15 negros entre 107 e 160 anos), ele é tentado a ver a raça negra como aquela com maior longevidade.

A menção à sua idade é corroborada por referências históricas mais antigas:

  1. Os antigos (como Pomponius Mela, Teófanes de Bizâncio, Heródoto, Plínio e Solino) já mencionavam os etíopes, chamados Macrobii (longa vida), devido à sua renomeada longevidade.
  2. Moreau de Saint-Mery também citou cerca de dez homens e mulheres negros, puros ou mulatos de Saint-Domingue (atual Haiti), que alcançaram e ultrapassaram os cem anos.

A longevidade tão bem caracterizada na raça negra, manifestando-se apesar das influências altamente prejudiciais (como a escravatura), é vista como um facto biológico que sinaliza que a seiva vital é muito mais rica no sangue enérgico e generoso do Africano.

Virtude e Ascensão Social

A vida do Capitão Vincent é citada por Moreau de Saint-Mery para ilustrar as qualidades morais e o potencial de ascensão social da raça negra, mesmo em condições de escravatura e preconceito.

  1. Carreira: Vincent era um escravo que, após ser feito prisioneiro e resgatado na Europa, foi apresentado a Luís XIV e participou nas guerras da Alemanha sob o comando de Villars. Ao regressar a Saint-Domingue, em 1716, M. le marquis de Chateau-Morand nomeou-o Capitão-General de todas as milícias de cor da dependência de Cap, daí o seu nome, Capitão Vincent.
  2. Reconhecimento Social: A sua conduta e as suas virtudes conseguiram calar o preconceito ("rendu le préjugé muet"). Recebeu a espada do Rei e era admitido em toda a parte, chegando a sentar-se ao lado do Governador Geral, M. le comte d'Argout, à mesa.
  3. Dignidade: A sua figura era "feliz", e o contraste entre a sua pele negra e os seus cabelos brancos impunha respeito. O seu exemplo moral era precioso para todos os homens da sua classe.
  4. Legado: Ele transmitiu a sua bravura, como demonstravam os seus descendentes que se apresentaram como voluntários para a expedição de Savannah.

O autor do texto considera a história do Capitão Vincent uma "página valente". Ele afirma que, se estivesse sem argumentos para defender a tese da igualdade das raças, bastaria imprimir a história de Vincent em destaque.

A história demonstra que a "soberba caucásica, duplicada pelo orgulho nobiliário, foi forçada a admirá-las [as raras qualidades], curvando-se perante os factos". A moralidade e o desenvolvimento do carácter, como os demonstrados por Vincent, são qualidades que conferem superioridade real.

Assim, o Capitão Vincent, que morreu aos 120 anos, é um caso de estudo central que combina longevidade biológica e excelência moral na raça negra, servindo como uma "força nova" e uma "convicção filosófica e científica" contra os preconceitos raciais.

O assunto do Capitão Vincent (Vincent Ollivier), a longevidade da raça negra e o relato de Moreau de Saint-Méry sobre sua vida e virtudes, estão localizados nas páginas 264 a 267 do livro.

Esta discussão está contida no Capítulo VII ("Comparação das Raças Humanas do Ponto de Vista Físico"), na Seção I intitulada "Do tamanho, da força muscular e da longevidade nas raças humanas".

O parágrafo que introduz a figura de Vincent Ollivier e menciona a sua idade aproximada ("morreu em 1780, idade de cerca de 120 anos") começa na página 264. A narrativa das suas proezas e virtudes prossegue através das páginas 266 e 267.


O livro é:

FIRMIN, A. De l'égalité des races humaines: anthropologie positive. Paris: Librairie-Cotillon, F. Pichon, Successeur, 1885.

Abaixo estão os elementos extraídos das fontes para a construção da referência:

  • Autor: A. FIRMIN.
  • Título Principal: DE L'ÉGALITÉ DES RACES HUMAINES.
  • Subtítulo/Complemento: (ANTHROPOLOGIE POSITIVE).
  • Local: PARIS.
  • Editora/Livraria: LIBRAIRIE- COTILLON, F. PICHON, SUCCESSEUR, IMPRIMEUR-ÉDITEUR.
  • Ano: 1885.

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